EXÍLIO 


As Horas passam em parcimônia.
Na varanda olhares em vôos
Procuram por algo novo
Para esse exílio alegrar...
Porque Vermelho é o tom da solidão...
Das Ânsias contidas no coração!

Espíritos sensíveis em silêncio,
Entre frenéticos sons dos motoboys
Que aquebrantam os pensamentos.
Seguem os ponteiros em sua lenta marcha...
Porque Vermelho é o tom da solidão...
Das Ansias contidas no coração!

Me deixo levar, inconscientemente.
O tempo?... Ah! Já não m'inquieta !
... Voo livre, apesar do exílio!
Meus sentidos aguçados captam
Os sentires dispersos em erosões...
Porque Vermelho é o tom da solidão...
Das Ansias contidas no coração!

Declina o sol em sangrenta aquarela!
Pássaros cruzam os ares, rumo aos ninhos.
Em inércia aguardo as estrelas .
Sinto o perfume da noite, ouço o marulhar do mar.
Amanhã, mais um dia de exílio.
Porque Vermelho é o tom da solidão...
Das Ansias contidas no coração!