Cartas de uma paixonite 18
escreve tudo que pensas princesinha
transformando pensamentos
em palavras e poesia
quero para todo o sempre
sentir a poesia da tua língua
invadindo meus tímpanos
com essa suavidade que te é peculiar
não deixes que passe um dia
sem que um poema me digas
sabes que adoro a tua voz
não me canso de te ouvir
que loucura navegar na tua poesia
na sonoridade das tuas ondas
perdoa-me
o que te vou confidenciar agora
fraquezas minhas não importa
e franqueza também
sabes quanto aprecio o teu ser
tu és uma Simone Beuvoire
Madre Teresa de Calcutá
mas Madona também
e é por esta que peço perdão
sim apetece-me subir tuas perninhas
perder-me em tuas coxas
reinventar-me em teu doce inferno
rodopiar por tuas curvas
morar em teus seios eternamente
fazer-te cócegas no pescoço
incendiar teus lábios
namorar esses olhos felinos
vaguear por cada fio dos teus cabelos
prender-me em teus braços
e peço-te perdão outra vez
mas tenho de terminar assim
inundar-me em teus orgasmos
orgasmos achocolatados
que me deixam louco
louco de prazer
Policarpo Nóbrega