Preteritum perfektum
tu, que deitastes no meu primeiro abraço
dele fizesse um amasso
e, com carinho, não te deixei mais ir
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tu, que me fizeste amar como nunca amei
que me deste o prazer que jamais experimentei
incluíste minha harmonia em tuas sinfonias
e agora hás de partir…
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tu, que com delírios tornaste minha vida deliriosa
vivendo entre a loucura e a sanidade tediosa
e agora hás de partir…
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tu, que intensificastes meu brilho
contrastando teu corpo alvo
em minha pele ebúrnea
sufocastes com amor os meus pedidos
e agora hás de partir…
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pedi que me deixaste
que me esqueceste
pedi que vivesse
por mim, por ti
pela áurea ausência do nosso amor
não cumpristes
e agora hei de partir…
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amor esse que perdemos
numa estrada de dupla solidão
por isso, aprendi a viver com a razão
e agora tenho a solitude em minhas mãos…
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parti…
…eis então que senti na pele
o prazer e a dor que é estar só…
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vede que inconsciente solicitei tua presença
mas consciente lembrei que já não habitas em mim
isso me fortalece
pois, sem ofuscâncias
poderei seguir o poente porvir
à custa do exílio da tua taciturnosa e deliciosa companhia
complementar-me-ei com a vasta e vã antítese da arte do viver…
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enfim, paz.