Asas
Grita a minha alma –
Clama por libertação –
Entregue aos muros,
Lidando aos murros –
Sobre pressão,
Nesta prisão –
Sem calma.
Faço-me em palavras –
Recrio as asas –
Para ultrapassar as muralhas.
Que a cada letra –
Desenhada,
Todo esforço valha.
Na inquietude...
Da felicidade –
Do que transparece,
Ao espírito enobrece.
Em meus loucos devaneios –
Acreditando no sobrenatural,
Paralelas e entremeios.
Aos olhos vistos –
O incomparável mundo surreal,
Percalços e atritos.
Infelizmente –
O mal...
Faz-se presente –
Derrotando o que lhe convém.
Em meio às incertezas,
Prevalecem as certezas.
De que algum dia,
O que mais repudio –
Perecerá como mágica,
Enaltecendo o brio.
O fio condutor,
Rejuvenescendo-nos...
Com louvor.
Existirá somente o amor,
Uma mera utopia –
Resplandecendo-nos –
De esperança.