Finda-se em pó.

Havia um caminho

E no caminho se percebia o vento

Do vento se sentia o fresco

E no fresco se esquecia o tempo

Não percebia os relógios

Nem mesmo extensos calendários

Anos se passavam em olhos piscados

E por ser passado, ficava de lado

Se olhasse para trás veria pó

Se olhasse para o pó veria o caos

Importando com o caos não ficaria quieto

Ficando quieto se tornaria pó

Em cada caminho percebe vento

De cada vento sente o frescor

Se sente o fresco se esquece do tempo

Não colore seu tempo com o mesmo ardor

Se os ponteiros continuassem intactos

E se os brancos não permeassem o topo

De certo que as rugas não visitariam

E o passado seria só pó.

Mas se o pó sumisse com o vento

E se o caos não causasse espanto

Ficaria inerte em seus planos

Perpetuaria crasso estado insano

Por ser do pensamento à semente

Por carregar no caminho seus planos

Fica o ar, a poeira e o vento

Deixa pra trás o inútil insolente.

Claudemir Evangelista
Enviado por Claudemir Evangelista em 16/08/2021
Código do texto: T7322314
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