OLHAR CLÍNICO.

Perquerir, recorrer, para ter acesso a informações, de processos que encontram-se em Órgãos Públicos, em poder de pessoas, incumbidas, de análises, pareceres...

No caso em lide, 8 meses, peregrinando, a espera da emissão de um laudo pericial médico, como tantos outros, iguais a mim, aguardando ansiosos, por um despacho!

Atendentes! Eles apenas, informam-nos, números de telefones, e-mails, nem sempre corretos, tanto é, que retornam, não chegam até o destino, nos telefones, nos deixam horas pondo nos músicas indesejadas, com mensagens incompatíveis com os serviços, a esperar atendimento, que quase sempre não ocorre, após longa espera, desligam sem prestar satisfação, rotina cansa???!!! 

Lá um dia, as informações passadas, dos processos, conclui- se que os mesmos não tramitam, ficam estagnados, logo, não apreciados. 

Por quê, não nos olham com as necessidades que temos?

O outro precisa ser visto através do que precisa...

Falta sensibilidade, a estas pessoas, para colocar-se no lugar do outro, mesmo que por segundos.

Há que entender-se, que como Servidores, vivemos nossas dores, angústias, sofrimentos, no decorrer de toda uma vida, servindo por anos, pouco para meio século de trabalho sacrificado, muita responsabilidade, lisura, ética, honestidade, isenção, com risco, pelas complexidades das atividades executadas.

Corda esticada demais rompe-se, e aí, pode se deixar de lado?

Sem sentir, além do nome, da forma, que depois não mais precisamos provar, a palavra, ela, perde a importância, não nos prendemos mais na forma, podemos, inclusive, falar ou pensar sobre Deus, para termos rápida visão da realidade de cada Ser, sem passar pelo apego, de não estarmos ligados, nem presos a nossa mente, inconsciente...

E quando vamos embora, nada levamos, voltamos como viemos, um espírito, evoluído, ou não, tudo depende de como foi nossa trajetória aqui, o que fizemos por nós mesmos, para não carecer de recorrer a essas "coisas" e, pelos outros, que estão em busca destas "coisas" também?

Porque, os outros que estão no lugar, oposto aos dos peticionários, não balizam o direito de cada um, com espírito de compreensão, entendimento, isenção, humildade, discernimento da vida, usando os conhecimentos, com a devida sabedoria, tendo uma visão ampliada, olhar clínico, para cada caso específico, com observância da Lei sim, para poder cumprir o poder dever, com a consciência tranquila, pra não prejudicar ninguém, ajudar a amenizar a dor, que é de cada um e só ele sabe mensurar o seu grau...

SSA/BA, 11/08/2021.laumenezes.