Dias...quase morte
Dias...quase morte.
Tem dias que não me sinto,
tudo o que existe em mim
Entra em colapso, quase morte...
A vida em mim se partiu, deixando-me um enorme vazio...fazendo de mim um lugar inabitável, sombrio
existem momentos sóbrios,
outros que de tão dolorosos
me deixam embriagada, entorpecida como se tivesse sorvido bebida forte
refletindo uma dor tão grande
que a alma me abandona
deixando-me num silêncio
cortante...
perco o discernimento...quero chorar
Esbravejo...não consigo chorar
Meu coração chora por dentro
deixo os braços caírem
ficando sem qualquer desejo,
sofro...são momentos de solidão
momentos em que a alma
me diz não!
Tudo é maior,
esta observância da vida
quase que me condena
retirando-me o rumo,
quase que me arranca a vontade
deixando-me frágil...sem doçura
o fel vem à tona,
tudo se transforma
e a alma, parte-se deixando um vazio,
são momentos cruéis,
são labirintos frios
que ferem a vontade,
são pedaços de mim que morrem,
mas como que por magia
o vento sopra-me a face
e como num expirar, inspirar de novo soluço,
acordo e volto a acreditar,
nos meus sonhos,
num novo pulsar...