CAMINHO
'A vida é uma dádiva do presente, a qual só se vive uma vez.'
Olhei para trás e pensei em regressar, contudo a noite escura já havia se apoderado do céu, impedindo meus olhos de enxergar as margens da estrada.
O passado estava encerrado, não existia mais luz nem esperança nele, restava apenas um odor nostálgico no ar, pequenas lembranças corroídas pelo tempo.
Olhei à minha frente e nada enxerguei, estava tudo embaçado e o caminho era apenas um borrão de cores em uma tela cegamente pintada.
Fiquei aturdida por um instante, presa entre a incerteza do próximo passo e o medo de um futuro inconcebível.
Voltar era impossível e, seguir em frente era amedrontador.
Pensei em desistir, pois o cansaço me fadigava, meus pés doíam e os meus ombros estavam exaustos.
Sentei-me a beira do caminho e reguei minhas raízes, deixei com que o sol penetrasse minha pele, fortalecendo meu corpo, anestesiei meus pensamentos por um momento e me permiti descansar.
Num instinto quase transcendental, percebi que a vida acontece entre um passo e outro.
Regressar jamais mudaria o que se foi, estagnar meus passos não me traria realizações, descansar foi preciso, mas seguir em frente mesmo estando machucada é essencial para alcançar cura.
Decidida, sacudi a poeira e domei todas as cores sobre aquela tela incerta que se desenrolava pelo caminho, tornando-a uma pintura digna de exposição.
Fiz da minha estrada, poesia, recitada entre os olhos que silenciosamente me julgavam.
'A vida é uma dádiva do presente, a qual só se vive uma vez.'
Olhei para trás e pensei em regressar, contudo a noite escura já havia se apoderado do céu, impedindo meus olhos de enxergar as margens da estrada.
O passado estava encerrado, não existia mais luz nem esperança nele, restava apenas um odor nostálgico no ar, pequenas lembranças corroídas pelo tempo.
Olhei à minha frente e nada enxerguei, estava tudo embaçado e o caminho era apenas um borrão de cores em uma tela cegamente pintada.
Fiquei aturdida por um instante, presa entre a incerteza do próximo passo e o medo de um futuro inconcebível.
Voltar era impossível e, seguir em frente era amedrontador.
Pensei em desistir, pois o cansaço me fadigava, meus pés doíam e os meus ombros estavam exaustos.
Sentei-me a beira do caminho e reguei minhas raízes, deixei com que o sol penetrasse minha pele, fortalecendo meu corpo, anestesiei meus pensamentos por um momento e me permiti descansar.
Num instinto quase transcendental, percebi que a vida acontece entre um passo e outro.
Regressar jamais mudaria o que se foi, estagnar meus passos não me traria realizações, descansar foi preciso, mas seguir em frente mesmo estando machucada é essencial para alcançar cura.
Decidida, sacudi a poeira e domei todas as cores sobre aquela tela incerta que se desenrolava pelo caminho, tornando-a uma pintura digna de exposição.
Fiz da minha estrada, poesia, recitada entre os olhos que silenciosamente me julgavam.