Dualidade

Nem sempre quando escrevemos sobre dor necessáriamente

tenhamos que estar sentindo essa coisinha que

tanto nos nos incomoda. Embora a dor seja inevitável

no caminho de todos.

Mas, o que vale mesmo é manter o astral lá em cima.

Abrir em par as janelas e saber apreciar a beleza de uma

cortina balançando ao sabor do vento.

Ou quem sabe ver do outro lado da calçada o sorriso

de alguém e ganhar o dia.

Existem dois tipos de pessoas (?) as bem e as má resolvidas.

Eu, por mim prefiro as não tão certinhas e bem

resolvidas. Gosto das esfarrapadas de almas, daquelas

que perdidas estão à procura de se encontrar.

Combinam mais com meu jeito as problemáticas e não

compreendidas. Quem sabe, essas despertam meu instinto

maternal latente, ou por forla da minha profissão nelas me grudo.

Não gosto das que se julgam invencíveis que vivem para

dizer: "sou feliz" "já achei" ou coisas assim.

Nelas não acredito. Prefiro às que eu possa pedir a mão

quando precisar de ajuda. Ou elas a mim. Com essas eu vou.

Vou com elas nessa estrada de almas com ouvidos apurados-

tentando ouvir uma sonata no mar azul.

Essas são mais ternura, aconchego. Essas eu abraço e

sigo.

Afinal, estamos todos num mesmo barco e, só os que

como eu são imperfeitos agarram a bússola para não perder o caminho.

Na verdade todos precisamos de umas aparadinhas no

ego vaidoso e crente, mas sinceramente certinha certinha

nunca vou querer ser.

A vida perderia a graça e eu a chance de procurar evoluir.

ysabella
Enviado por ysabella em 02/08/2021
Reeditado em 02/08/2021
Código do texto: T7312507
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