ainda espero você.
Assim como nos meus,
olhando para ti,
nos azuis dos seus olhos enxergo os oceanos,
pacífico e ocidental,
ambos longe daqui.
Não só veremos,
como a brisa sentiremos,
num sol duma tarde na ponta da Austrália,
ou na beira de Portugal.
Estou num café,
não coloquei açúcar,
então não me confundo com sal.
Ao meu lado há um muro de rochas na altura de meus joelhos separando-me donde as ondas batem.
A mesa é de porcelana e o guarda-sol é preto, um clima nublado, mas perfeito pra mim, como sabem.
Na minha frente vejo pessoas sentadas conversando nesse final de tarde com ventania.
Olho para o lado, para o oceano, e lembro do que queria.
Olho para o horizonte enquanto te escrevo, esperando te reencontrar, talvez nessa ou em outra vida,
mas se não, está tudo bem, estou em paz,
minha querida.