Tarde de Julho
Nesta tarde calma e fria
O céu tão esmaecido
Aqui no interior.
O vento tirou férias!
Na varanda vazia...
Eu me sento. Eu e a poesia
Para um diálogo de amor.
Os versos meio dispersos
Vão chegando de mansinho...
O meu peito saudoso e vestido
De saudades quer falar.
Tenho tanta necessidade de escrever
Essa intimidade com as letras e versos
Ela me faz reviver!
Vou percorrendo o meu pampa
No galope do tempo e o vejo
Tão lindo!
Os verdejantes trigais, nos imensos chapadões!
Então, vem na memória o tempo de outrora.
A sonhadora, que andava campo a fora...
Cantando auroras e colhendo flores do campo.
Para enfeitar a vida.