Às Sombras da Terra
(os filhos do Slo e da Lua)
Fato novo em bela noite se deu,
E a Lua magistralmente reaparece
...feliz, mais brilhante e esperançosa
Linda, fulgurante, radiante e vistosa
Depois do céu inteirinho, em coro e preces
Rezando por sua volta, em grande apogeu!
Claro, que Deus já sabia do que se tratar
Mas precisava cobrir no céu, essa dolente ausência
Então convoca ao Sol, vir com seu clarão, calor e ardência
Para no lugar da coitadinha em convalescença, ele ficar
Ecomo ela, acariciar nuvens, cintilar com as estrelas
Ascender como faz o luar, pra na noite estrelada, luzir e brilhar!
Sai pois, a Lua de seu 'quarto crescente'
Totalmente cheia, completa, radiosa e prateada
Descobrindo que é por todos e todas, endeusada e amada
E não é que ela está, ainda mais bela
Parece vestida com vestes prata-amarela
Abençoada e com novo (? novos) ser em seu ventre!
Não... Não é que a magia é maior que se presume
Vem a rainha-Lua, reluzente, sorridente e radiante
Iluminada, tons azulados/prateados/ dourados, em nuances
Como nunca se vira antes, feliz a cantarolar
Ao som de harpas e violinos, vem mil anjos a lhe adular
E eis que em seu colo embalados, suas proles, os filhos
Do Sol e da Lua!
Sim... Foi numa noite de escuridão colossal
Onde a lua e o sol, o sol e a lua se escondem
Se enamoram, se completam, se possuem
Às Sombras preparadas, caftinada pela terra
Num espetáculo fascinante, inigualável quimera
Em uma noite de amor, de brando calor, num Eclipse Total!