Que ilusão
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Não vivi, estacionei na linha dum horizonte imaginário e distante demais, me perdi perplexo bem no meio da ponte, confuso ouvindo o barulho das águas e dos ventos... o olhar perdido, descobrindo que em mais nada acredito. Um dia acreditei em castelos e em princesas, reis e príncipes, perdi a visão na claridade do cometa rasgando o meu céu... QUE ILUSÃO!
Todos se foram, fiquei só, à beira do lago molhando os meu pés, sentado na areia molhada por trás dos arbustos, lamentei o tempo que perdi a minha vida inteira, por fim voltei para casa, esqueci o mundo que deixei para trás, tentando rever o mundo ao meu redor. Fui deixando o reflexo das flores que colhi, dentro das poças d'água, deixei também o melhor de mim, o que semeei não foi o bastante, agora o mundo se agita lá fora, aqui dentro não, a minha alma já não chora.
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