Invernal

Hoje o vento frio do inverno vestiu-se de canção, uma canção erudita com toques de nostalgia, que embala meus dedos

e usa versos tristes de um soneto perdido, o eco de seu nome ressoa no pôr do sol.

O pulsar do coração é inútil, tão fútil o que eu senti, o que sofri

Um sentimento inútil exibido na vitrine do tempo, sobre o véu do sorriso salgado, entre a visão perdida e a lágrima tão doce que escorre, e morre em minha boca.

A brisa invernal, da canção se reveste,

enquanto as rimas das mesmas feridas brotam nas páginas antigas com suspiros escritos nos versos que nascem

pelo vento tempestuoso, vagando entre espinhos das rosas que secaram.