[A casa da ferrovia]
Vejo uivar o vento nos capins, sofro,
olho, e vejo com meus olhos lembrançosos,
a linha do trem rente às últimas casas.
Da janela isolada da última casa,
uma luz se derrama sobre os trilhos...
A vida se esvai em nada,
escoa sobre as pedras do enrocamento da linha.
O Brasil morre... mas morre devagar.
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[Desterro, 22-12-2020 às 22h44]