Por uns instantes.
Eu gostaria que estivesse aqui conosco novamente. Só por uns poucos momentos. Sentimos muito a tua ausência. Só para matar a saudade. Só para ver teu semblante, teu olhar, ouvir tua voz, sentir teu cheiro. Entrar em contato com o teu ser novamente. Sentir no tato a textura de tua pele, teus brancos cabelos. Sentir o abraço sincero e reconfortante. Te ouvir cantando, tocando pandeiro, rindo e dando gargalhadas. E puxando conversa e se interessando pelos assuntos de novo. Queria te ver jogando pelada na rua conosco e enraivecendo o doido do SeuTetéu. Queria te ver sentado na calçada de Seu Damião discutindo as jogadas e tratando do dedão esfolado nas pedras da rua descalçada. Queria te ver bebendo a dose de cachaça de cabeça Rainha ou São Paulo ou do whiskey twelve years. Como seria bom te ter novamente a mesa e admirar a tua maestria com o garfo e a faca ( nos só comíamos de colher!). Queria ver de novo tuas mãos fazer saltar o tutano do osso por sobre a farinha e o feijão nosso do dia-a-dia e te regalares com tal petisco. Nestes tempos, estarias furando uma lata grande com um prego e, após fazer uma fogueira, assarias nela castanhas de caju guardadas desde o início da safra. E depois, com as mãos tintas do negro carvão das amêndoas oferecê-las-ia a algum de nós. Esse breve retorno nos renovaria os ânimos, acalmaria as tempestades, destruiria o ódio e a intriga, e nos tornariamos felizes novamente. Só por uns instantes. Breves momentos!
Eu gostaria que estivesse aqui conosco novamente. Só por uns poucos momentos. Sentimos muito a tua ausência. Só para matar a saudade. Só para ver teu semblante, teu olhar, ouvir tua voz, sentir teu cheiro. Entrar em contato com o teu ser novamente. Sentir no tato a textura de tua pele, teus brancos cabelos. Sentir o abraço sincero e reconfortante. Te ouvir cantando, tocando pandeiro, rindo e dando gargalhadas. E puxando conversa e se interessando pelos assuntos de novo. Queria te ver jogando pelada na rua conosco e enraivecendo o doido do SeuTetéu. Queria te ver sentado na calçada de Seu Damião discutindo as jogadas e tratando do dedão esfolado nas pedras da rua descalçada. Queria te ver bebendo a dose de cachaça de cabeça Rainha ou São Paulo ou do whiskey twelve years. Como seria bom te ter novamente a mesa e admirar a tua maestria com o garfo e a faca ( nos só comíamos de colher!). Queria ver de novo tuas mãos fazer saltar o tutano do osso por sobre a farinha e o feijão nosso do dia-a-dia e te regalares com tal petisco. Nestes tempos, estarias furando uma lata grande com um prego e, após fazer uma fogueira, assarias nela castanhas de caju guardadas desde o início da safra. E depois, com as mãos tintas do negro carvão das amêndoas oferecê-las-ia a algum de nós. Esse breve retorno nos renovaria os ânimos, acalmaria as tempestades, destruiria o ódio e a intriga, e nos tornariamos felizes novamente. Só por uns instantes. Breves momentos!