Pressentimentos
Há uma energia voraz –
Implacável –
Embriagando-me –
Nela me reconheço...
E me pertenço.
Como o fogo –
Consome –
Renasço.
Oscilando a fortaleza –
E também a fraqueza –
Ninguém é perfeito.
Revelo-me –
Força motriz.
Desvencilhar –
Não há como!
Às vezes, não há escapatória,
A resiliência se mostra notória.
A engrenagem à mil por horas,
Também enferruja,
Mas jamais cessa.
Na escuridão –
Há uma pequena luz acesa.
Mesmo no meio da tormenta,
Fortíssimos ventos –
Jamais se apagará.
Sei que em algum dia,
Encontrarei o meu lugar.
Aniquilando toda a inquietude,
No presente de faz infinita.
No futuro será benigna,
O véu sobre os pensamentos –
Este será desfeito.
Terei o conhecimento,
Daquilo por direito.
Não haverá tristeza,
Cairá por terra a maldade.
Os pássaros serão livres,
Em meio ao colorido da paisagem.
Árvores frondosas darão frutos,
Para o nosso desfrute.
O ecoar iluminando as gargalhadas,
Não mais o som das lágrimas.
Sei que em alguma dimensão,
O impossível se fará presente.
É o que o meu singelo coração,
Em harmonia com a luz – Pressente!