Metamorfose ambulante
Este momento está sendo propício para viver o luto: luto do que fui, das coisas que passaram, dos meus ideais e das pessoas que partiram. Ficar em casa as vezes dá uma agonia imensa, mas também edifica.
Estou descobrindo sobre meu mundo e ele pode se expandir e brilhar.
Não estou pronta ainda para algumas coisas que preciso fazer por mim, mas quem está pronto para tudo?
Não tenho publicado por aqui por muitos meses, mas tenho escrito para mim. O que quero escrever, as vezes, é tão pessoal que ficaria invasivo pra mim.
O invasivo pode deixar de o ser quando fico pronta para revelar partes de mim que se escondem. O escondido nos sufoca, oprime e deturpa quem somos.
Me sufoquei, me violei, me violentei e neguei sentimentos e sensações ao longo desta minha existência. Estou a um passo de guardar tudo isso em um pote. Guardar por que e pra quê? Para lembrar das minhas vitórias e que as cicatrizes ficaram, mas no lugar delas estou tatuando. Mas, nada daquelas tatuagens com frases melancólicas, não...
estou tatuando borboletas, corações, flores e tudo que pulsa, se metamorfoseia, voa e desabrocha.