ESTILHAÇOS DE MIM
Noite escura.
Ventos inquietos.
Sussurros obscuros descrevem-me você.
Sombrio, assustador, misterioso, adornado de critérios e danças envolventes.
Com olhares perversos você me cobriu, despindo-me com lábios vorazes de prazer, salivando em meu ouvido palavras flamejantes.
Doce desejo ensandecido.
Tive medo de perder-me, mas era tarde demais, seus uivos já haviam capturado-me.
Rendi-me aos seus encantos.
Tornei-me presa fácil.
Agora tenho medo, medo de não encontrar-me.
Pois já não sou a mesma, após provar do seu libido insaciável.
Não há mais estrelas em meu céu, nem resquícios de luz lunar sobre os meus olhos.
Você usurpou-me, ferindo-me gravemente sem nenhuma piedade.
Levando em seu medonho e sombrio coração o brilho fascinante que em minha noite habitava.
Desconheço minhas fases e as alterações em minhas marés.
Não sinto o odor das flores que outrora permeavam o meu jardim, somente um cheiro ácido, empalidecido pelo desespero de não mais encontrar minha luz.
E assim, agonizo noite adentro, silenciosamente, ante a minha imagem distorcida refletida num espelho quebrado.
Noite escura.
Ventos inquietos.
Sussurros obscuros descrevem-me você.
Sombrio, assustador, misterioso, adornado de critérios e danças envolventes.
Com olhares perversos você me cobriu, despindo-me com lábios vorazes de prazer, salivando em meu ouvido palavras flamejantes.
Doce desejo ensandecido.
Tive medo de perder-me, mas era tarde demais, seus uivos já haviam capturado-me.
Rendi-me aos seus encantos.
Tornei-me presa fácil.
Agora tenho medo, medo de não encontrar-me.
Pois já não sou a mesma, após provar do seu libido insaciável.
Não há mais estrelas em meu céu, nem resquícios de luz lunar sobre os meus olhos.
Você usurpou-me, ferindo-me gravemente sem nenhuma piedade.
Levando em seu medonho e sombrio coração o brilho fascinante que em minha noite habitava.
Desconheço minhas fases e as alterações em minhas marés.
Não sinto o odor das flores que outrora permeavam o meu jardim, somente um cheiro ácido, empalidecido pelo desespero de não mais encontrar minha luz.
E assim, agonizo noite adentro, silenciosamente, ante a minha imagem distorcida refletida num espelho quebrado.