Haja verde
Para aqueles a quem a falta abrupta deixou com opacas cores o cotidiano de névoas bonitas e malcheirosas.
Para aqueles que sentem o cheiro do gás da putrefeita vaidade e da já morta alma da vontade que emanados do crisol amargo permeiam as narinas, os dedos e os corações.
Para aqueles que remoendo a vida não se percebem cingidos de filtrada e destilada matéria de inflamação,
Não te faltem olhos.
Que não sejam escassos em cor o que têm de permeantes.
Que te acendam a faísca entre o que prende com aspérrima crueldade e o que encanta com acetinada e tépida ilusão.
Que sejam em rumo de vida para o que jaz metano como o fogo que nasce da faísca do pesar e da saudade.
Que te apareçam como caminho e te explodam o peito.
Quem dera triviais os contatos de visões....
Mas se tem uma coisa a que serve a inanimação da morte, é fazer o caminho da vida mais frutífero.