Novo dia
Nasceu! Nasceu, o grande espírito. O espírito que espreita. O espírito que espreita e se arma. O espírito que espreita, que se arma e alinha. Se alinha e se alia a mais vil e torpe gente. O espírito destruidor e Bombástico. Bombástico porque irrompe em ódio e nefastas palavras contra a sublime essência humana. Nasceu! Nasceu! Gritam os soldados, os anunciadores da peste. Eis que eles chegaram. Chegaram em suas carruagens douradas. A nobreza, podre e pestilenta, em toda sua opulência. Nasceu! Nasceu! O continuador da vileza. E ele mora ao lado. Está bem próximo. Está em nossas famílias, são nossos vizinhos e se dizem amigos. Mas não. São horrendos e putridos. São miasmaticos. São a ave negra de Macbeth. São desprezíveis. E eis que o grito que anuncia o nascimento, será substituído, em breve tempo, por outro, mais forte, mais humano, mais amigo e anunciará "Não existe mais". Não existe, deixou de existir, será esquecido, será substituído pelo respeito e carinho. E esse será o dia de jubilo e alegria na manhã que nasce com o galo que canta