Delírio

Esta é uma noite

Em que de repente eu saio

Meio sem rumo

Meio sem direção

E mesmo sem querer

Novamente eu caio

No abismo dessa minha solidão

Vou por lugares

Onde a gente costumava passar

Mesmo sabendo que não vou te encontrar

Ao meu lado o banco está vazio

Da janela vem um vento frio

Então simulo segurar sua mão

O que por um momento

Me acalma o coração

Ergo os olhos numa curva da estrada

Na face deslizando uma lágrima gelada

Vou voltar e tentar dormir

Quem sabe na sorte de um sonho

Eu ainda te veja sorrir

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 30/05/2021
Código do texto: T7267899
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