Por mais que eu não queira, penso que o coração
esse pobre coitado não tem mesmo paz com esse
vai e vem de sentimentos que partem e voltam nu-
ma inconstância sem fim das alegrias e tristezas
que fazem parte da vida.
Quando a perda se dá por algo que não ia bem,
torna-se fácil aceitar.
Pior é compreender e aceitar o que ia tão bem e,
de um salto, vemos romper.
Na velocidade em que o tempo voa, perder o que de-
lineava objetivamente meu futuro me deixa extrema-
mente infeliz.
E não falo no sentido amoroso, em qualquer coisa
que fosse prioritária como sonho material ou não.
Cada amizade, cada amor, cada meta ´planejada
que delineava meus sonhos tem para mim valor
inestimável.
Pedacinhos de mim que com tanto cuidado cuidei e,
que quando são perdidos fica o sentimento de mea
culpa por talvez não ter dado o valor que mereciam.
E o ter que aprender a viver sem eles, é a pior parte.
Mas...não se pode mesmo ter tudo que se quer.
Ah! mas o que estou dizendo?
Pode-se sim, mesmo que esses sonhos estejam re-
pletos de saudades...morada eterna das desilusões