Engrenagens

Uma a uma se encaixam perfeita
na máquina
Do tempo, no ser humano.

Passa a marcha e a primeira nos leva,
Na segunda engata a velocidade
Da vida, do cotidiano.

Terceira ganha o chão, a avenida,
Quarta pesada as rodas da vida
Seguras no chão.

Quinta leve como vento
Tranquilidade?
Não, perigo,
Nas águas suspenso
Do chão perde -se a direção.

O equilíbrio não é suficiente,
Puxa o volante, e ele vai na direção
Contrária.
Sabe-se da máquina do tempo,
com o ser
Não é diferente.

Quando entendemos essa engrenagem,
Estamos mais velhos,
Motor amaciados de tantas
Cavaladas nos dentes da agonia.

Pouco sabemos das alegrias na correia
Que leva energia chamada vida.
 
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 17/05/2021
Código do texto: T7257406
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