Engrenagens
Uma a uma se encaixam perfeita
na máquina
Do tempo, no ser humano.
Passa a marcha e a primeira nos leva,
Na segunda engata a velocidade
Da vida, do cotidiano.
Terceira ganha o chão, a avenida,
Quarta pesada as rodas da vida
Seguras no chão.
Quinta leve como vento
Tranquilidade?
Não, perigo,
Nas águas suspenso
Do chão perde -se a direção.
O equilíbrio não é suficiente,
Puxa o volante, e ele vai na direção
Contrária.
Sabe-se da máquina do tempo,
com o ser
Não é diferente.
Quando entendemos essa engrenagem,
Estamos mais velhos,
Motor amaciados de tantas
Cavaladas nos dentes da agonia.
Pouco sabemos das alegrias na correia
Que leva energia chamada vida.