Esperançar

Quando se ausentar não é possível

Quando a responsabilidade tem seu nome escrito

As lágrimas rolam a sua impotência!

De soslaio você olha a possibilidade do outro

Num momento de devaneio, até se transporta alheio.

A realidade, num safanão te lembra sua condição:

Lutar enquanto pulsar o coração.

Outra vez me deparo nessa situação

Sem fuga, sem arrego.

A luta ganha o triplo motivo.

Não posso para Paris ir, muito menos desistir!

O amanhã é onde moram meus amores, não quero deixar suja a casa.

No futuro o pão é pouco, o ódio - a atmosfera,

A empatia é rara, quase um palavrão...

Como fica meu primeiro motivo?

Dói pensar, o choro sem cuidado,

O alimento desleixado,

A dignidade negligenciada

Mais uma vez, seco a lágrima

Me prontifico para batalha.

Prometi para outro motivo, mudar a "cara" desse mundo

Juramos tudo quando amamos.