Giramundo

O dia vem vindo – contemplo daqui

O sol que dos montes me surge luzente,

Mal surge tão rubro transforma o espaço,

Um pássaro ao longe me canta dolente

O dia vem vindo – da minha janela,

E eu vejo o começo da vida agitada:

Os homens dominam, os carros dominam

O meio da rua, também a calçada...

A aragem amena se extingue com o sol;

É grande o bulício; já não mais contemplo.

Os homens não lutam aqui pela vida,

Somente desejam erguer o seu templo.

Esquecem com a pressa seus próprios irmãos,

Nas mãos a ganância, só medo e rancor,

Com o mundo girando na busca incessante

Quem pode ao menos falar de amor?

Meu peito, que sofre dos males da vida,

Espaço não acha no mundo egoísta

Valores que tenho me foram negados

Apenas os tenho pagando analista.

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 01/05/2021
Código do texto: T7245608
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