AQUELE LIVRO...
Pois é... Lembra do livro que você me deu?
Esquece... Eu o presenteei pra quem precisava.
Junta com as pétalas que marcavam as páginas,
Mas li umas poucas poesias, fantasias,
Tudo que não mais necessitava...
O que lembrava tuas curvas,
Delineadas na luz da lua,
No tempo parado sem uma amanhã.
Advirto que esse destino é desde os tempos,
Que o primeiro demente abriu seu coração.
A candura das primeiras horas,
Nas quais a tudo se ignora,
Até que se abrande de alguma forma,
No fim do cio, ou ao início da verdade,
Quando se implora por diferentes motivos,
Caminhos escolhidos ou dativos,
Qualquer força que nos levante,
Por sermos ser caminhante,
Nos dê um destino, direção.
Assim... Aquele livro passei a frente,
Para quem acredita, espero, em seu conteúdo,
Pois meu tempo já é breve, curto,
E me perturbava a sua leitura,
Parecia-me uma forma de tortura,
Coisa que minha alma hoje não atura,
E a carne que lhe segura,
Tal qua uma capa dura...
Não lhe pode ser prisão.