Liberdade, liberdade!
Uma história forjada em grilhões
Em elos de corrente e dor
De longínquas terras chegaram em porões
Sob o jugo e domínio da força,
Desterrados, separados,
Pais, filhos e mães
Cada um para um lado
E por séculos sulcando a terra
No cultivo do café, do milho e da cana
Ou então em cidades, criadas, mucamas
Arrumando camas e chorando seu banzo
E sempre sonhando um dia voltar
Voltar aos seus filhos, família e a sua terra
A liberdade por tantos sonhada,
Enfim a princesa assinou a lei "Áurea"
E até hoje aguardamos a tal
Liberdade!