Trovões

Trovões

Estão eles dentro de mim

Relâmpagos

Pelos cantos

do meu ser

Raios que me partem

Tempestade

Meu Coração bate

como fosse as asas de um

Beija-flor

Em meio à ventania de minha

Mente

Encontro-me em um barco

à deriva

A bordo da vida

Pensamentos acelerados, muitos atropelados. Alguns voam, outros rastejam. Há aqueles que caem com a gravidade, outros quebram com o peso da suposta realidade. Há ainda, os que se libertam com criatividade ou a própria arte, ou aqueles que sonham com utopias e expandem horizontes - criam novas perspectivas. Uns crescem, outros fenecem ou sufocam. Esses tornam-se brisa, aqueles ardem com a própria chama - e existem os que chovem ou se dissolvem em água salgada.

E agora, assistindo esse cenário - após ser trovão, relâmpago, raio, vento, pássaro, barco e mar - uma parte ri e outra parte chora. Há medo e desespero. E há esperança, nos olhos da criança. Existe força nos movimentos. Insegurança no desconhecido. Existe coragem na vulnerabilidade. Confiança no amor. Há caos. Muitos erros e muitas pedras. Infinitas conexões. Vida.

Ressoam os trovões.