É SEMPRE MAIS FÁCIL JULGAR
Ela era uma bela mulher
Além de linda atraente,
Mas de semblante triste,
Ela não acreditava em si
Pois desde criança a palavra NÃO
Se tornou até refrão
Para a pequena menina.
Ao se tornar mulher
Os homens a viam apenas carne
E ao longo do tempo ela aceitou
Como absoluta verdade.
E tinha tantos atrativos
Imensas outras habilidades,
No entanto, foram sufocadas
Perdidas, amordaçadas
E a bela mulher foi vencida
Pelo tempo perdido
Mergulhando na solidão.
Sua aparência mudou
A bela flor colorida murchou
Ficou enrugada e sem cor
E os seus dotes foram enterrados
Agora dizem: ela é a “culpada!”.
Mas quem se preocupou
Em tentar entender
O abismo sem fundo
A que ela foi jogada?
JOEL MARINHO