Borboletou com a Asa Dura 19

Borboletou com a Asa Dura 19

Ficar entre aqueles que se reuniam na igreja, era não ter a ótica do pertencimento no processo de refazimento, naquele potencial realizado por Cristo, disponibilizado por ele à humanidade como modelo, referência, holograma universal, passível de ser apropriado por todo aquele que confiasse e fizesse a entrega, estando puro de mão, e limpo de coração.

Vivia a irmandade, com a palavra, àgua da vida às mãos todos os dias, morrendo de sede, de paz, de conhecimento, da compreensão trazida pelo próprio entendimento.

Se tivesse, a Borboleta mãe da casa dos quarenta, um ideal a realizar, uma vontade a ser deixada para as gerações que sucederam, e sucederão a que vive, que as crianças e jovens fossem nutridos e amparados por adultos conscientes de sua essência e peregrinação, aptos a servirem-se de terreno fértil que motivassem -as ao voo curioso sobre o mundo maravilhoso da natureza da Terra.

Árvores, águas, rios, plantas de toda a espécie, animais dos mais variados temperamentos e formas, da multidiversidade de homens e mulheres que habitam o planeta, a existência de mundos distantes, planetas, galáxias, universos e multiversos. Que este mundo foi preparado para elas viverem o que a Essência Divina permitiu,, em potencial, realizarem em suas vidas.

De modo que as crianças e os jovens possam, pouco a pouco, assumindo seus lugares no mundo, por si mesmos, apropriando das qualidades essenciais do ser para a felicidade integral, o conhecimento e a sabedoria, colocando-se como principais personagens das suas vidas, dependendo deles mesmos para a autorrealização interna e externa no futuro adulto.

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Ó, mundo que arde nas chamas da dor! Das mortes repentinas! Da doença que invade o núcleo da satisfação humana! Que enfraquece a certeza de tranquilidade, que vinha ameaçada, fragilizando o que tinha a humanidade conquistado em laços de fraternidade e comunidade.

Bem comum ! Se for, como um erudito disse, o conjunto de todas as condições de vida, que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral do indivíduo!

Que matéria prima poderá ser preparada, cuja fonte é o pensamento do adulto deste tempo, que possa dar aporte, amparo a estas crianças em desenvolvimento?

A negação da vida? A fragmentação? O fanatismo religioso? A razão que a história conta com as evidências, ou aquilo que não conta, para justificar a não ação, a não fraternidade, a não reconstrução coletiva das estruturas para o pensamento poder servir de esterco para os filhos do Planeta terra realizarem-se no propósito, no "a que veio"?.

A mente humana está desafiada a não encontrar significado para a vida , com as feridas abertas, sem apetite para seguir, exposta ao cheiro de tostado dos destroços, tentando o homem e mulher de bem virar as costas para a certeza da imortalidade, a condição de peregrino na terra, e a rejeição ao propósito de cada um ao serviço para a grande obra.

Neste hoje, onde o coveiro e a cova são os personagens que mais são solicitados pelas famílias, e os lutos repentinos, a amargura como cálice rotineiro, faz a alma prostrar diante do desconhecido, desafiada a cair no abismo, ou procurar mãos que possam ser alcançadas como estímulo a olhar para o infinito, na confiança de ressignificados e recomeços.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 16/04/2021
Reeditado em 25/04/2021
Código do texto: T7233475
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