EVOCAÇÕES
Devaneios, quimeras, os sonhos dispersos no espaço,
Relacionamentos que se foram, breves ou profundos,
As recordações, boas ou más, o tempo não apaga,
E no tribunal da consciência tudo fica arquivado.
O tempo passou, a história foi escrita, resta o cansaço,
Recordações rolam na memória em alguns segundos,
Algumas delas com muito carinho logo se as afaga,
Em nenhuma delas deve ficar rancor preservado.
Fica o pedido de perdão a todos que foram magoados,
Àqueles que magoaram, fica a concessão do perdão,
O alívio, que retira o peso das nossas imperfeições,
Traz conforto e paz para a curta jornada restante.
Por fim distribuir o pão da vida e água viva acumulados,
Aos que têm fome e sede, e buscam essa comunhão,
A estes é certo a mensagem chegará aos corações,
E saberão como aproveitar no espírito, o instante.
Muitos carregam os tormentos, inquietações até o final,
Poucos acham a chave mestra, ao longo do percurso,
Necessário todo empenho, para encontrar a Sophia,
Os que a procuram, vê-la-ão sentada à sua porta.
Na corrida atrás das futilidades sempre está todo o mal,
Para o encontro de Sophia é bom usar todo o recurso,
Não há o que possa ser melhor, do que a Sabedoria,
Encontrando-a o restante que pouco nos importa.
Sabedoria retira a cortina, nos expõe a nossa realidade,
E não haverá espaço, para conjecturas da imaginação,
Reina só a tranquilidade pela posse das informações,
Já não existem as inquietações, nem os tormentos.
Resta distribuir esse conhecimento com toda sinceridade,
E assim os outros também usufruem da transformação,
Com essa Sabedoria, penetrando nos seus corações,
Inundando consciências com preciosos fragmentos.