Borboletou com a Asa Dura 18
Igreja. O sentido e o alcance da palavra, pode ser buscado no termo grego "ekklesia", significando reunião de cidadãos livres.
Palavra adotada pelos autores do Novo Testamento, Livro Cristão, com a destinação de dar sentido a realização do culto religioso, onde grupos de almas iriam seguir na observância e aprendizado da sabedoria Divina manifestada pelo Mestre Jesus Cristo.
Tinha como finalidade o chamamento ao Reino de Deus. Homens e mulheres, confiantes no propósito, daria seguimento na disseminação da mente de Cristo.
Seria à partir de então, respeitando interpretações diversas, sem querer buscar atender o sentido primeiro e último da palavra, a comunhão dos iguais na matriz cristica, buscando o refazimento.
Igreja, entendida como assembléia reunida de Cristo, corpo formado por Almas na busca pelo aprendizado à partir da mente de Cristo, para o renascimento espiritual.
Não necessariamente, o prédio físico onde são realizadas as reuniões, nem toda a mobília e instrumentos musicais para os louvores que caracterizaria Igreja.
No sentido essencial, seria o corpo de Cristo formado pelos membros que reuniriam em seu nome, na confiança e no propósito de estar na senda para o aprendizado da Lei do Amor cuja consumação se ultimaria no renascimento espiritual de cada um dos pares.
Envolveria a renúncia de estar para o mundo como um fim em si mesmo, tendo como objetivo principal o despertar do vórtice eterno e incessante das forças do instinto animal da natureza humana, para o desprendimento do que é perecível, na busca da tomada da consciência de que o homem e a mulher terrena porta essência eterna, incorruptível e incontaminável.
A Igreja, no sentido mais profundo, estaria no ideal de auxiliar as almas a renascerem, saírem para Fora, assumindo suas identidades espirituais, em Cristo Jesus.
E nestas condições, sentindo-se unas com o mestre, e por Ele, interagiria consigo e com o próximo, numa verdadeira festa celestial aqui na Terra.
Tocando os instrumentos nos cultos, seja pelo órgão, a organista, os músicos, pelos metais, as cordas, os barítonos, as sanfonas, as harpas, cada cântico entoado pelos adeptos no conjunto, cada sacerdócio, seja como Ungido, ou conservos,TODOS, numa mesma aspiração fraterna, refletiria a obra Divina no homem, perdoando, aceitando, tolerando uns aos outros, reconhecendo os erros em si mesmos como escola, não punição.sentindo a Alma a todo tempo, inserida num processo constante e crescente de desapego, entranhável e confiante, ao fato de que a Alma é imortal, que está numa passagem provisória na Terra para o aprendizado.
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Não foi assim quando dirigiu aos templos, na infância e na juventude.
A Borboletinha, recém saída do casulo, viveu a distorção da ótica da prática religiosa, fazendo um verdadeiro torvelinho nos pensares, praticando inconscientemente a mutilação e deformidade das ação na execução da vontade.
Mesmo nos lampejos da presença Divina em si, nas atividade nos cultos, seja num tocar de hino no órgão despreendidamente, onde executava os hinos realizando o voo na naturalidade do espírito, ou sentindo alegria infinita ao realizar uma oração nos templos, ou cantando hinos, logo que a experiência findava, estava ela com ela mesma, só, fragmentada do mundo, errante, dividida, ilhada na arapuca que a levaria lentamente à clausura, esquecida que tinha um corpo físico perfeito, pronto para ser neste mundo, em vontade e liberdade.