A LIÇÃO DA BORBOLETA

Ela nasceu larva, era feia, grotesca e arrastava seu corpo pela terra, vivia a lamantar seu infortúnio, se existisse realmente um criador, pensou, ele não deveria ser justo, do contrário não consentiria que suas criaturas vivessem em condições tão nefastas.

Um belo dia, aquela pequena larva foi tomada de um sono profundo e quando acordou, estava presa em um cubículo escuro e apertado, todo o seu corpo doía, chorou e mais uma vez lamentou sua triste sina. Os dias foram passando e ela foi se conformando, então ao invés de lamentar, passou a esperar, voltou seu pensamento ao ser que lhe criou e mesmo sem vê-lo ou sequer saber quem ou o que era, confiou e teve fé. Aos poucos percebeu que o seu corpo passava por uma misteriosa metamorfose, ela não sabia o significado daquilo, mas sentia que tudo nela e dentro dela estava diferente, subitamente, sentiu a prisão que a envolvia se romper e seu corpo começar lentamente a descer e finalmente se ver livre daquele sofrimento. No início, não teve forças para sair, mas aos poucos, como num passe de mágica, ela voou ao sabor do vento e concluiu feliz que era livre e podia voar. Vislumbrou seu reflexo no lago e uma surpresa enorme tomou conta de sua alma, ela estava diferente e em nada lembrava aquela larva grotesca do passado, estava linda, possuía asas coloridas e poderia agora alcançar as belas flores que por tanto tempo foram objeto do seu profundo amor.

Agora ela era um novo ser e era grata ao criador de todas as coisas, pois aquele longo processo pelo qual passou: as dores, o aperto, o escuro e o medo a transformaram na mais bela borboleta do jardim de Deus.

Moral da História: Jamais questione os desígnios de Deus em sua vida, pois as dores e o sofrimento são processos que Ele nos permite passar para que possamos nos transformar em uma Nova Criatura, feliz, livre e podermos assim, alcançar o céu. Meditemos sempre na sábia lição da borboleta!

(Angélica Silva Santos)

“A marca de sua ignorância é a profundidade da sua crença na injustiça e na tragédia. O que a lagarta chama de fim de mundo, o mestre chama de borboleta.” (Richard Bach)