Doce ilusão nesta maldita pandemia.

Em tempos de reclusão,

quanto mais me distancio das pessoas,

tanto mais eu queria me aproximar da natureza.

Que bom sair para tomar sol, olhar o mar,

beber água de côco sentado na areia.

Apreciar a imponência e a beleza do flanboyant,

na sua magnífica florada.

A algazarra dos bem-te-vis felizes.

A revoada das andorinhas

fazendo malabarismo no azul do céu.

Cheiro de terra molhada

depois da chuva mansa no final de tarde.

Fitar o horizonte, o arrebol colorido e ofuscante.

Mas como ter todo esse prazer, se estou confinado

num módico apartamento no centro da cidade?

Triste ilusão! Como eu queria desfrutar de tudo isso!

Edir Araujo

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Autor de A passagem dos cometas, Risos e lágrimas, A boneca de pano, Fulana (inédito) e muitos poemas, crônicas, contos, microcontos e artigos publicados na web "ad aeternum".

Edir Araujo
Enviado por Edir Araujo em 07/04/2021
Reeditado em 02/05/2021
Código do texto: T7226160
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