Borboletou com a Asa Dura 12

Que futuro é este que salta aos olhos na folha em branco? Que insiste sair vez ou outra no proseado? Mesmo não sabendo onde vai dar?

Pelo martelo, no labor na seara, ou no arregimento da espada da sabedoria, cortando à direita e à esquerda. É a vida pelo coração.

Desenhar o futuro, num reino celestial, ou no inferno dos mundos, é alocar-se no lugar da Fonte divina, obscurecendo a realidade, entorpecendo a alma, levando-a para o cativo, preterindo o dever do agir no mundo, reiterando a entrega do pescoço à forca, para morte e enterro na vala comum das almas que saíram deste mundo sem o uso da oportunidade do renascer.

Depois, para esta que cavoucou o desconhecido, saiu de lá com ele, compreendendo o que impulsionou os heróis, guerreiros, mártires e santos da história a embrenharem-se no propósito, em detrimento das próprias vidas.

Lendo os passos de Abraão, Isaac e Jacó, depois, de Moisés, Isaías, Salomão; a drama de Jó, revelando a outra face de Deus; Salomão e seu despertar, o ato do matrimônio da alma com Deus; Davi e as Tribos na evolução do germe de Cristo,; chegando na consecução final do nascimento de Jesus, que revelou Cristo para o futuro, estes os dois mil e vinte e um anos como parte do planejamento Divino.

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Há mais de 2.000 a.C, nas terras da Índia, o Livro Mahabharata e seus anexos eram compilados, o épico, o fato Místico que relatava a vinda e vida da Suprema Personalidade de Deus, Krishna, vindo sanear os mundos terrenos, liderando as guerras, definindo as estratégias, numa demonstração em Pessoa da Verdade Absoluta, dotado de esplendor e da grandeza infinita: beleza, inteligência, força, fama, riqueza e renúncia, deixando os sinais, que está na guerra e na paz, auxiliando aqueles que não hesitam cumprir o Dharma, o papel que cada pessoa desempenha na sociedade.

Quando auxiliou Árjuna, um guerreiro, disse:

Não deve, portanto, renunciar à guerra.

"Como kshatria seu dever é participar na luta pela causa da verdade. Nada pode ser melhor do que combater por ela. Não hesite nesta luta", diz para o primo desencorajado.

Soa complemento, a fala dita pelo mestre, depois de mais de dois mil anos da vinda de Krishna, quando, aos seus discípulos disse: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"

Krishna diz que Árjuna, lamentando a morte iminente dos familiares, demonstra não compreender a natureza do ser. A vida não está no corpo, mas na alma. Quando o corpo se torna imprestável, a alma, que é eterna, o abandona e toma outro corpo.

"Como a alma que se encarna passa sucessivamente, no mesmo corpo, da infância à juventude e à velhice, igualmente após a morte ela toma um novo corpo. E os sábios não se perturbam com essa transmigração", ensina Krishna.

Seria diferente o que Cristo Jesus demonstrou, vindo se fazer de veículo e mensageiro?

Os dias que sucederam à crucificação, e à tumba vazia. O aparecimento de Cristo liberto das amarras do corpo físico, num novo corpo, incorruptível e incontaminado a Maria Madalena, a Paulo na estrada de Damasco, e demais apóstolo, e neste mesmo corpo ressurreto, fazendo suas manifestações herméticas aos discípulos, aquele que o levaria para os mundos espirituais. Quarenta dias depois, logo após a celebração do Pentecoste.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 06/04/2021
Reeditado em 06/04/2021
Código do texto: T7225660
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