Pronomes, entre EU e MIM.
EU, particularmente sempre gostei de MIM, mas, muitas vezes, permiti que por conta de forças externas houvesse uma deturpação da minha autoimagem.
Eu não gosto de churumelas, melindres muito menos de poço raso, desses que só presta pra molhar os pés. Para MIM, se não for um Oceano, nem mergulho.
A MIM, coube guardar os segredos mais profundos ante os desafios do destino para que assim, minhas armas não fossem expostas. Então, EU as escondi.
EU, quando em equilíbrio tendo a sorrir muito e a gargalhar estrondosamente, fato este que me rende à fama de carismático e elogios singulares.
Mas confesso só pra MIM que as dores que enfrentei forjaram quem sou. Minhas lágrimas são de ouro.
EU gosto muito da minha companhia, por isso, para MIM é quase impossível perder-me em buscas incessantes e entediantes que me obrigam a refazer a roda. A rotina e o tédio não cabem em MIM.
Às vezes eu me perco, em outras me deixo perder.
Quando EU me encontro, sei, é o melhor pra MIM.
E como se a vida fosse pura Cacofonia: “Eu me Inspiro!”
Não, Não importa o pronome, EU sempre soube, o que me rege é ser íntimo de MIM.