Não era amor
O amor que conheci
Não emanava perfume de rosas
Como um ébrio na sarjetas
Caminhava sobre folhas mortas.
Amor de tolos, sem elos
Destronou sonhos, tornou-se vestígios
Viveu nas sombras do próprio ego
Banindo-me do almejados paraíso
Infeliz amor, lançando blefes ao vento
Escapoliu, depois de criar o caos
Ofereceu trilhas de migalhas ao relento
Fez-me errante, devastada...sem nau.
O amor que conheci nunca foi abrigo
Fez-me pedante por vales sombrios
Fez-me apenas ponte de sua caminhada
Um degrau a mais e não morada.
Tudo que imaginei sobre o amor
Foi nada mais que utopias
Em meus arremedos, deve existir tal amor
Que nos refaz, que não se dissipa.
Que não seja o amor de bocas cheias
Arrastando uma almas vazias
Que seja chama sempre acesa
E não uma pira de mortas cinzas.