Um gosto a adquirir
Um gosto a adquirir
Foi que enfim tecemos a casa, com paredes alvadias e janelas generosas, inserida em discrição bucólica, o oxigênio asseado, e tudo ali deveria ser e tem sido propício a arguição, aos momentos de arte e de imaginário harmonioso. Isso durante o dia. E nas noites em que se invocam conciliábulos ou cenáculos, oh, por gentileza, três ou quatro mulheres para amenizarem, com a leveza das silhuetas e o brilho dos semblantes, o rigor dos preceitos. Só uma psique doentia veria essa empreita como ou discriminação reles ou arremedo de lupanar. É o mundo morto acenando, em seus estertores, sua melancólica despedida. Ora essa, tratamos de mentes afins, envoltas em melodias distantes dos festejos do entrudo, a costurar idéias, estética, modismos, pilhérias, paridas e cozidas em qualquer parte desse universo de Deus. E queremos lá saber de esterquilínios? Aff… Disso as plagas estão abarrotadas. Mesmo despercebida a seiva da vida mantém seu ritmo. O balido das cabras continua igual ao que sempre foi, desde os tempos de antanho. Após uma ligeira resistência, o verão cedeu seu lugar ao palco das estações com a força de um princípio. Passarinhos não estão nem mais, nem menos atrevidos. E nenhum dos partícipes masculinos almeja ter o nome em destaque, adornando capas de livros ou placas de bronze acerca de um feito augusto, oh não, para eles a serventia da reputação almeja apenas bailar nos lábios de quem se ama. Moça alguma faria parte desse círculo se não fosse de longa data guerreira seráfica, disposta e forte. E durante a ceia brindaremos sabedores que o resultado de nossos encontros comemora a primeira geração de seres humanos que se esforçam para forjar temperança na consciência de massa, pois é preciso preparar o caminho, visto que o que está chegando - inexorável, sem precedentes - só pode desabrochar se encontrar ambiente fecundo.
(Imagem: Saying Grace, Norman Rockwell - 1951)
(http://www.bernardgontier.com)
Um gosto a adquirir
Foi que enfim tecemos a casa, com paredes alvadias e janelas generosas, inserida em discrição bucólica, o oxigênio asseado, e tudo ali deveria ser e tem sido propício a arguição, aos momentos de arte e de imaginário harmonioso. Isso durante o dia. E nas noites em que se invocam conciliábulos ou cenáculos, oh, por gentileza, três ou quatro mulheres para amenizarem, com a leveza das silhuetas e o brilho dos semblantes, o rigor dos preceitos. Só uma psique doentia veria essa empreita como ou discriminação reles ou arremedo de lupanar. É o mundo morto acenando, em seus estertores, sua melancólica despedida. Ora essa, tratamos de mentes afins, envoltas em melodias distantes dos festejos do entrudo, a costurar idéias, estética, modismos, pilhérias, paridas e cozidas em qualquer parte desse universo de Deus. E queremos lá saber de esterquilínios? Aff… Disso as plagas estão abarrotadas. Mesmo despercebida a seiva da vida mantém seu ritmo. O balido das cabras continua igual ao que sempre foi, desde os tempos de antanho. Após uma ligeira resistência, o verão cedeu seu lugar ao palco das estações com a força de um princípio. Passarinhos não estão nem mais, nem menos atrevidos. E nenhum dos partícipes masculinos almeja ter o nome em destaque, adornando capas de livros ou placas de bronze acerca de um feito augusto, oh não, para eles a serventia da reputação almeja apenas bailar nos lábios de quem se ama. Moça alguma faria parte desse círculo se não fosse de longa data guerreira seráfica, disposta e forte. E durante a ceia brindaremos sabedores que o resultado de nossos encontros comemora a primeira geração de seres humanos que se esforçam para forjar temperança na consciência de massa, pois é preciso preparar o caminho, visto que o que está chegando - inexorável, sem precedentes - só pode desabrochar se encontrar ambiente fecundo.
(Imagem: Saying Grace, Norman Rockwell - 1951)
(http://www.bernardgontier.com)