AGRURAS
Ouça os carros ali na Rodovia...
"Barulhando" nessa Poesia...
Segui, "mentalmente", um que, apressadamente, provavelmente, rumava para a Capital...
...
Por aqui...
Doce Mistura...
Açúcar do Café
Co'a Fé de quem, enquanto medita, tempera; à espera de outra, esquisita, "maldita", espera...
...
Junto com o Sol
que ensaia tímida festa
Pela fresta da janela...
Daquele que "nos" atropela...
O Alvoroço do Almoço...!
Tempero de desespero, "Agruras"; com outras misturas, tudo, contudo, numa mesma Panela...
Quem já conheceu, do outro lado, um Salve Geral...
Toma cuidado com o salgado desse Sal...
...
E, hoje,
sem "meu pessoal"....
Sem aquela farra...
Algazarra que sempre aqui se faz...
Quando se reúnem os Bambas Regionais...
Espero que Deus, o Maioral,
nos proteja no final...
Por enquanto,
sob as bênçãos de tudo o que é Santo,
sozinho aqui no meu canto...
Implorando a cura pra esse Mal...
Eu, a Rodovia, a Poesia...
E o Lockdown...
Do Livro TINO DOS LOUCOS
Paulino Neves, 2021
SAMBÉSAMBA/ECPN