Monólogo da Quarentena - Texto para ser interpretado

Monólogo da Quarentena

(Autora: Thaís Falleiros*)

Oi, senhor Abraço! O senhor por aqui, que alegria em te ver! Entre rápido, o senhor está proibido de andar por essas bandas, se a fiscalização te vê, eu ganho uma multa. Entre, entre...

Ah! Saudade de quando o senhor era um serviço essencial! Agora é ilegal. Mas eu ainda te amo e ainda acredito na sua pureza e inocência.

Aliás, que baita injustiça eles estão cometendo, hein. A Culpa não é sua, é daquele ser invisível e desprezível que tem nome de chuveiro.

Nunca imaginei que ficaríamos sem o senhor e que sentiríamos tanto a sua falta!

Olha, por enquanto o senhor pode fazer trabalhos on-line. O que acha? Está na moda, se espalhe pelas redes. Eu sei que não é a mesma coisa, que presencialmente o senhor é tão mais quentinho, aconchegante e eficaz, mas agora o senhor terá que ir embora daqui, sinto muito.

Adeus, até breve!

*Este texto está registrado. Por gentileza, citar os créditos ao interpretar essa cena. Gratidão!

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Thaís Falleiros
Enviado por Thaís Falleiros em 31/03/2021
Código do texto: T7220325
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