Verdade ou Sofisma?
No meio do redemoinho
Parece que o olho do furacão
Volveu seu olhar furioso e olha pra mim
Mudou de lugar todas as coisas
E arrancou o que eram as raízes
No lugar delas estão gravetos, galhos, folhas secas!
E me dizem, com a astúcia dos que visam apenas o agora:
Olha! Está aí a batalha para vencer
E parecem seres normais a me fazer crer:
Tens apoio! Vê só! Estamos aqui!
Em lugar seguro, me dizem para ir
Aqueles que seriam os parceiros.
Aí vejo mil homens bem armados!
Até usam armas que desconheço
Outras são armas ilícitas
Que nem para ganhar uma batalha as usaria!
Então me atenho a batalhar um dia por vez
Fervorososamente!
Corajosamente me vou!
Nas mãos para cavar a terra
Tenho pequenas espátulas!
Encorajo os que estão comigo
Porque eu luto por uma causa.
Mais para frente percebo
Que aqueles pretensos parceiros
Sequer são amigos, mas fingem sê-lo.
Recordo-me o homem que consultou ao oráculo
Na época nobre da primazia grega:
Vejo que se eu disser que o pássaro
Que trazem nas mãos está vivo, o esmagarão.
E se eu disser que está morto, o soltarão.
A resposta eu bem sei:
Está na mão!
Importa a eles parecerem ter razão...
Importa apenas parecer!
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