Verdade ou Sofisma?

No meio do redemoinho

Parece que o olho do furacão

Volveu seu olhar furioso e olha pra mim

Mudou de lugar todas as coisas

E arrancou o que eram as raízes

No lugar delas estão gravetos, galhos, folhas secas!

E me dizem, com a astúcia dos que visam apenas o agora:

Olha! Está aí a batalha para vencer

E parecem seres normais a me fazer crer:

Tens apoio! Vê só! Estamos aqui!

Em lugar seguro, me dizem para ir

Aqueles que seriam os parceiros.

Aí vejo mil homens bem armados!

Até usam armas que desconheço

Outras são armas ilícitas

Que nem para ganhar uma batalha as usaria!

Então me atenho a batalhar um dia por vez

Fervorososamente!

Corajosamente me vou!

Nas mãos para cavar a terra

Tenho pequenas espátulas!

Encorajo os que estão comigo

Porque eu luto por uma causa.

Mais para frente percebo

Que aqueles pretensos parceiros

Sequer são amigos, mas fingem sê-lo.

Recordo-me o homem que consultou ao oráculo

Na época nobre da primazia grega:

Vejo que se eu disser que o pássaro

Que trazem nas mãos está vivo, o esmagarão.

E se eu disser que está morto, o soltarão.

A resposta eu bem sei:

Está na mão!

Importa a eles parecerem ter razão...

Importa apenas parecer!

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Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 03/11/2007
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