ADEUS À LÓGICA...
Vou dispensar os arrodeios,
E te falar mais que da alma...
Da forma que antes deveria...
Com todo o atrevimento,
E, isto posto, sanar lacunas.
Se amar não requer razão,
Então esqueçamos a lógica...
Mas o sentimento importa,
Tanto que aqui me força,
De grão em grão,
A ti mostrar a duna.
E por mais que eu os espalhe,
O sopro da lembrança os junta...
E segue a duna de chão em chão.
Então não ouso como a água...
Tentar furar a pedra,
Mas apenas acaricia-la...
Como as mãos em girassóis alheios,
Pelo respeito a sua natureza.
E antes que eu esqueça,
Pois prometi ser direto,
Te dou adeus sem aceno...
Posto que seja mais sincero,
Dizer-te que assim espero,
Que faças o mesmo,
Desapegando ao desejo,
E sucumbindo a calma...
De maneira externa,
Pois internamente... Não tem lógica.