O dragão que respiro
Em meu silêncio sinto no peito a fúria de um dragão
Por quê não descansas por um segundo vasto coração?
Quanto mais desejo a noite perfeita,
de ser alguém um pouco mais normal
dentro desta bolha de anormalidade
de uma geração de hipocrisia social
mais minha alma se inquieta
se desespera
na busca incansável da normalidade
que pouco existe em mim
Meu coração acelera desesperado
Meus olhos se inundam apertados
Meu corpo se expressa despedaçado
Os segundos encolhem o tempo
E o tempo é pouco para curar
Por instante poder lhe amar
E lhe parecer só um pouco sensata
O tempo é pouco para maquiar
A escuridão que existe em mim
Eu sinto muito por tudo isso,
por esta maldita dor que me é inata
Amar- me é abraçar este risco
Que a noite de luzes no céu brotem das amargas feridas
O aroma e a beleza de jasmim
Pois desta dor, meu amor tu sentirás e serás aduzidas
Tento todos os dias, a cada amanhecer,
o meu perdão
Mas nem sempre é fácil de compreender
meu coração
Eu sei, a luta deste dragão é diária até meu último suspiro
E por este saber, é que digo
Só queria repousar desta luta na eternidade que respiro