prosa sem prosa
prosa sem prosa
pessoa orgulhosa
sem lembranças da dama formosa
cantou o galo e abriu-se a rosa
todavia, o sol ainda não raiou
talvez venha a raiar
esperarei la na lagoa
ouvirei os pássaros
eles têm muito a contar
reclamam da desigualdade
da superioridade do sabiá
e as lagartas confusas
admiram a borboleta
que fazendo careta
não lembra quem já foi
corre a girafa
ouvisse o mugir boi
de oi em oi
nada para depois
na brisa do lago
ao som do trovão
raios e rios
uma luz
uma morte
uma vida sem sorte
num espaço sem abraços
doces e eternas lembranças
tão jovem para amar
tão velho para decidir mudar
pedirei ajuda a uma criança
quem sabe
vem a lembrança
que ainda é possível sonhar