LOCKdown
Perfilados esquifes, gelados, sem som
Gélidos corpos, outrora cheios de vida
Partidos de si finais, momentos, dores, amores e sonhos
Apagados sopros, que há pouco baforavam
Agora sobraram, nem sequer mais “aís”...!
Um a um, metricamente enfileirados
Números incertos de uma fatídica e certeira consumação
Publicados em cantos de espalhados anais estatísticos
Imensuráveis elementos, com o peso métrico da morte
De sorte, homenagens jornais!
A mãe, avó, amada, amorosa e que muito amou os seus, até o fim
O pai, arrimo, avô, austero, aturdido que desfaleceu-se em amargor
Ambos assustados, consternados, sem ritos finais de despedidas
Um pecado, uma dó, um filho fogoso,
Um netinho rebento, dois de uma vez só
A tempos de sepulta-los, lavados em sais!
Fechamentos, isolamentos, distância..., aumentos
LOCKdown's desgovernados, desgovernos viciados
Insanidades, emplacadas “chapas brancas”, sacanagens oficiais
Besteiras tantas, bandalheiras, povo vil sem limites, sem vergonhas
Num mal sem fronteiras, internacionais!
Apenas Deus pra por fim...
Somente Sua Graça e Glória...
Aliadas forças celestiais
Pra derrotar essa sanha...?
Apenas e tão somente, O PAI!