Sentença

A sentença foi proferida

Fui condenada a viver nessa prisão

Antes fosse clausura com muros, e grades, estaria protegida...

Meus grilhões são a covardia

Covardia tua em invadir meu mundo, com olhar profundo

Atordoar meu coração com seu jogo de sedução

Meu coração, pobre coitado, cansado de sangrar, de oferecer sem nada receber, não fez por merecer, e agora bate com pesar.

A muito trancou-se, afastou qualquer chance de em vão se apaixonar, e você sem piedade, despertou de seu quieto sono, da minha paz tão desejada sem ao menos se preocupar

Em nome do seu desejo, arrombou as portas do meu peito, como um vendaval, que devasta, e depois se afasta

Se não pretendia ficar, porque entrou pela porta, me condenando ao tormento, de desejar e jamais alcançar?

Então lhe suplico, liberte meu pobre coração, dessa prisão infernal, de te amar sem medidas, de sofrer com despedidas, revogue minha sentença, desse tormento de viver sem sua presença.

Te amar e não te ter, é ter sede em meio ao deserto, secando, definhando... é rastejar em busca de abrigo pra se proteger do calor e do frio, e morrer lentamente ao relento vislumbrando o vazio... te amar é ter uma arma apontada para meu peito, pronta a disparar...então...se não for ficar...

Liberte-me dessa prisão que condenou meu coração.