No teu embalo

A consciência do silêncio,

Nesse corpo que grita

Na voz emudecida

Retendo as palavras

Loucas, impetuosas

Ansiosas de liberdade em ti

Angustiadas atordoam-se

Encravadas na garganta

Trémula de mim

Meus neurônios em colisão se é possível,

Bloqueia o estímulo

Desejoso de me libertar

Como um sussurro flamejado

Prolongamento tortuoso, insensato

de um corpo arrebatado

Bloqueadas em casulos, imergem

No oceano inconsciente pulsante

Provocando vulcões inativos

De larvas empedradas

No vazio da alma sofrida

Cala-se a voz

Alonga-se o silêncio

Ressoando somente

A vida de ti em mim, em meio a dores

Embalada pelo vento

Em ondas sonoras

Com aromas de flores

Dos pensamentos meus.