Clamor

Versos, estrofes, poesias... é tudo um emaranhado de saudades guardadas,

formadas dando nomes aos sentimentos sentidos, amordaçados, engasgados no fundo da garganta, como algemas que marca.

Derramados pelas pontas dos dedos, que copiosamente encarnam aquilo pelo qual a alma se rasga.

Aquilo que é sentido num canto escondido, que divaga, que vez ou outra com o mais alto gemido, de dor, de clamor de amor...escapa.

Toda a intensidade do desejar, do querer, do saber, o sentir... o grito mais alto refletido em noites onde o sono foge, em dias que nada faz sentido, que o barulho de fora é silêncio, com que vai aqui dentro.

Dando asas à melancolia, surge o lamento através de versos, dando fôlego a poesia.