Palavra Presa
O canto da Arara
Entoa no horizonte,
O arcabuz reluz
E do céu azul, faz-se tempestade.
Gritos e gemidos substituem o canto alegre.
O mal se espalha de dentro para fora
E deixa marcas.
Como deixamos isso acontecer?
Como permitimos que o sol se apagasse?
A palavra está presa e assim continuará,
Enquanto as máscaras e facetas de outrora
Continuarem a exercer influência.
O povo que não entende a si próprio,
Desconhece seu caminho.
Adoece na tentativa de alcançar o “progresso”.
Estamos, aos poucos, sepultando nosso futuro.
Fazendo dele, um eterno silêncio.
Em algum momento de 2020